De MONTEIRO LOBATO:
"A tua obra-prima... e ficará sendo uma das mais altas obras-primas de nossa literatura - é "Recompensa. Que maravilha, Judas! Ali está a história de milhôes de criaturas, as que partem de manhã cheias ainda dos sonhos da noite e chegam a uma cidade muito diferente daquela antevista ao partir...
"Estou espantado , Judas. Só agora vi tua alma pura como a neve e rica de todas as qualidades do raio de sol, Perdoe-me a miopia. Conhecer de tanto tempo um Poeta e não adivinhar que ele era muito mais, muito mais que um burilador de versos apenas..."
De NELSON WERNECK SODRÉ:
"Pouca coisa tenho lido de tanta expressão e de tanta sensibilidade, ungida de tanta tristesa suave e de consolo sem mágoa, pouca coisa tenho lido, em poesia, que se possa comparar a "A Notícia".
O prodígio de sensibilidade sereníssima de imensa ternura, de sofrimento humano e de mágoa profunda e discreta, envolta no carinho e no consolo, a beleza sem par de que vem ungida essa poesia, onde há sentimento verdadeiro, a delicadeza e a expressão de que vêm revestidos esses versos, fazem-nos ficar no nosso pensamento, enquadrados naquela descrição de lar triste e abandonado.
Quem a descreveu, com tal maestria, e pode abordar motivo tão delicado com senso tão profundo, sem descair para a monotonia e o forçado dos sentimentos que procuram chocar; quem conseguiu aliar, a um tempo, riqueza de expressão, finura de motivo, simplicidade esplêndida no cantar as coisas, possui, certamente, uma alma de poeta verdadeiro, de poeta como o compreende Monteiro Lobato".
De MÚCIO LEÃO:
"O que nele me encanta, principalmente, o que lhe dá um sabor raro, na poesia brasileira de hoje, é o seu lirismo tão intensamente evocativo, é essa nota à Junqueiro, ou propriamente a Vicente de Carvalho, que existe em tantos de seus poemas.
Tão brasileiro o lirismo doce desses versos! Tão fundamente brasileiro! E, lendo estas estrofes, como nos sentimos transportados à atmosfera dolente e quase idílica dos velhos poetas, - dos Casimiros de Abreu, dos Varelas, dos Castro Alves, daquilo que há de mais fundamente, de mais caracteristicamente brasileiro!
Os leitores que estiverem habituados ao sabor dos poemas modernos não sei que impressão irão ter dos versos do sr. Judas Isgorogota. Eu, por mim, os li e os amei, - um pouco com aquela sensação de encantamento que poderia dar um oásis de água fresca a um viajante que se achasse perdido no meio de um deserto".
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